Quase metade de um ano atrás num remoto início de junho gelado, saímos para mais um pequeno e descompromissado passeio. Sonolentamente seguimos em direção a manjada São Pedro de Alcântara para explorar um pouco mais a afortunada região. Em algum ponto qualquer do bairro Santa Teresa, quebramos a direita por uma bela e inédita estradinha de chão, seguindo morro acima. Custamos um pouco a achar a entrada, já que devido às constantes reclamações dos amigos com vocação crítica, desta vez, de pirraça, decidi não levar o GPS. Um pouco confusos em se localizar, certamente sentiram falta do criticado brinquedo e dei minha contribuição apenas esboçando um debochado sorriso de satisfação.

De maneira precoce, nos deparamos com uma considerável subida totalmente desnecessária para um belo início de manhã, mas que acabou servindo muito bem para esquentar um pouco o tremulante esqueleto, bastante maltratado pelo rigoroso (quase) inverno da região. Muito perto de Florianópolis, porém absurdamente mais frio.

Nem deu tempo de se arrepender e iniciou-se uma íngreme e duradoura descida. Há tempos não descíamos tanto e tão rápido. Descer mais do que subir é o tipo de situação que sempre nos comove. Empolgados com o aventuroso declive, continuamos nosso pequeno passeio por uma longa reta que desembocou nos arredores da agrádavel Antônio Carlos.

A idéia inicial envolvia outro trecho, porém cansados e satisfeitos com o pequeno trajeto pedalado, resolvemos ficar por isso mesmo e seguimos em direção as nossas saudosas e confortáveis casas.

O tradicional vento contra na marginal da BR-101 nos forçou a parar numa lojinha de inconveniência de um posto qualquer para tomarmos uma Pepsi e repensarmos nossas vidas. Pernas e forévis descansados - seguimos o restante da bacana pedalada num ritmo bastante tranquilo. Raras às vezes conseguimos chegar tão cedo em casa. A idéia de poder aproveitar bem a ensolarada tarde de domingo agradava muito. Quase certo que todos “aproveitaram” muito bem, dormindo boa parte dela...