Senhora Jolie
Escrito por: Rodrigo Martins em 08/04/2009

Essa foi uma pedalada das mais legais. Primeiro que não precisei acordar cedo. Garfield é sábio e sabe o que diz quando profere coisas do tipo “Eu gostaria mais das manhãs se elas começassem mais tarde...”. Angelina é uma cidadezinha que de tão pacata chega a doer a alma. Tem pouco mais de cinco mil habitante e nada para se fazer - nada mesmo! Então, convém sair no início da tarde, já que chegando no inicio da noite diminui bastante o tempo de ociosidade. Sem falar que a comidinha de casa não tem igual e se depender das opções de estabelecimentos gastronômicos de lá, a fome será sua companheira na certa. Saia de casa alimentado, de preferência. A cidade é de colonização alemã e superbonitinha. Dá algo perto de 65 km em pouco mais de 5 horas pedalando, num ritmo bem tranquilo. Subir é uma constante, pois tem morro pra burro! Um em especial parece não termina nunca. Nosso amigo Marcos que voltou recentemente do seu exílio em Nárnia, segundo contam, chegou a desmaiar nessa subida. Vá bem abastecido, por que se você quiser comprar algo no caminho - São Pedro de Alcântara é a última parada com algum boteco para comprar alguma coisa (isso se você tiver sorte de encontrar algo aberto), depois só estrada de chão e morro, muito morro... Após um delicioso almoço by Dona Dulce (para mim...), Vanderléia (para o Marcelo...) e Dona Lídia (mãe do Marcos e que faz a melhor torta de camarão do mundo) e uma breve soneca de alguns minutos na frente da TV - nos encontramos em algum lugar que realmente não lembro onde - e seguimos nosso rumo à Angelina.

Olhe bem pra esse momento tosco, pois essa gambiarra aparentemente nunca mais! Houve um mecanismo de mutação e seguindo a tendência de Darwin - sim!... Evoluímos. Finalmente compramos os tão sonhados alforjes e que tem estréia marcada para próxima pedalada. Para essa, infelizmente não deu tempo.

Até aí tranquilo. Paralelepípedo e asfalto, uma doce e rápida ilusão. A pedalada começa de verdade depois de São Pedro. Detalhe: nem começou o barro e já estávamos cansados.

Estaríamos próximo ao estado vizinho?, alguém indagou ao avistar tal placa.

Saímos um pouco tarde e boa parte do final da pedalada foi feito de noite, o que a tornou assustadoramente mais legal.

Se divertindo na penumbra...

Até chegar a escuridão total.

E com as trevas, as mais assustadoras criaturas aparecem... Depois desse contato telepático, Marcos nunca mais foi o mesmo. O hotel que ficamos é bacana e não dá para reclamar. Jantamos no tal “chuleta na tauba” e X-salada foi a única opção.

A bruma matinal assustou um pouco, mas logo se desfez...

Nesse dia houve o evento policial do ano na cidade. Algum desorientado, entusiasmado pelo consumo excessivo do digestivo Velho Barreiro se aventurou e furtou um trator, saindo em disparada pela avenida principal da cidade. Não se falava outra coisa no nosso café da manhã na padaria principal de Angelina (se é que tem mais de uma...).

Sabe-se lá que diabos tinha de fato nessa garrafa do Marcos...

Por que na volta, o Lance cover disparou!

Twister

Sim, sim... Foi bom pedalar com vocês. Até a próxima! That's All, Folks!

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