A trilha da Olaria Jedi
Escrito por: Rodrigo Martins em 03/12/2010

Pedalada pós Oktoberfest é sempre complicada. Mesmo uma semana após, ainda sentíamos o efeito da noite exageradamente desregrada. Fernando, sequer teve coragem de se arriscar e os que foram e encararam o pedal regenerativo sofreram um bocado. Dia inspirador, para pessoas que saíram para pedalar... pouco inspiradas.

Num ritmo adequado ao nosso inadequado estado físico, pedalamos vagarosamente rumo a mais uma jornada made in TrilhasBR. O roteiro da vez: Trilha da Olaria.

Já pedalamos algumas vezes por Sambaqui e fizemos algo muito parecido num passado próximo. Uma vaga lembrança nos indicava isso através de longínquos e opacos pensamentos. 

Constantemente um olhava para o outro, - já passamos por aqui, né? "Imagino que sim", era a resposta frequente mentalizada, mas sem muita convicção.

O local realmente é muito bacana e fica na metade do caminho entre o centro de Florianópolis e as praias mais movimentadas do norte da ilha, que tão logo chegue o verão, estarão repletas de turistas congestionando demasiadamente o trânsito local. De fato fica perigoso pedalar por aquelas bandas nessa época.

Finalmente chegamos a um consenso. Já fizemos tudo isso em pedaladas anteriores, mas com o sentido inverso. Por isso a dificuldade de se situar. Bela desculpa, sem dúvida.

Aqui sim! Trecho inédito... Deve ser a tal Trilha da Olaria. Cenário bem parecido com a lua de Endor, faltando apenas os desajustados Ewoks.

Trecho bem divertido, porém curto. Mas como as duas bem-apessoadas criaturas já estavam lastimando a canseira, acabou ficando de tamanho ideal, nos deixando plenamente satisfeitos. No final da trilha, há um teste de virtude. Se você bebe refri igual água, toma cerveja igual refri, come Mc Donald’s igual um boi e devora churrasco tal qual um javali... Então você não é digno de tal travessia e terá que voltar e achar outra saída.

É sério. Se você é adepto a moda pança de mamute e possui forma oblonga, vai passar por dificuldades. Encolha bem a saliência que você chama de barriga se quiser obter êxito na austera passagem. Apreciado o pedal e lamentado o pianço justificado. Blumenau em outubro é sem igual. Fica o registro de mais uma inesquecível noite, na melhor festa do mundo! Mais uma vez, fomos agraciados com o melhor camarote da festança. Chope e salgadinhos para você consumir a seu bel-prazer. Resultado: devemos ter sido o primeiro caso adulto de overdose de Elma Chips da história médica catarinense. Uma semana depois, nossa urina ainda tinha cheiro de pingo d’ouro... E quanto ao excesso de chope? Alguém pode ter se perguntado... Tranquilo, pois nosso organismo já possui anticorpos contra o álcool...

“Zigge-zagge, zigge-zagge hoi, hoi, hoi…
Wir geh'n noch nicht nach haus…” 

Comentários
Sex, 17 de dezembro de 2010
Por: Alexandre Ferreira(Anaconda)
Trilha maravilhosa e fotos muito bonitas!!
Sáb, 11 de dezembro de 2010
Por: Waldson (Antigão)
Nossa que trilha bonita! Muito verde, muita sombra, própria para um cérebro recém castigado pelo álcool, hehehe!

As fotos estão lindas, o relato perfeito, mas passar por aquela garganta... comeu demais entala!

Parabéns pelo passeio!

Grande abraço!
Sex, 10 de dezembro de 2010
Por: Marco Nunes
Éssa daí é realmente pedalável? Posso levar a Sra. Nunes sem medo de ser espancado?
Qua, 08 de dezembro de 2010
Por: João Doggett
Muito bacana essa pedalada aí. Santa Catarina é baita! Mas legal mesmo é a Oktoberfesta. Muito massa, já fui várias vezes e sinto saudade de lá!! Parabéns pelo site. Vocês são meus ídolos. Gurizada sangue-bom!
João.