Quando se lança a uma aventura desse tipo, deve-se ter ciência de todas as adversidades possíveis. A lógica nos acompanhou e passamos frio e fome, ficamos extremamente cansados e por um átimo nos arrependemos desta (aparente) grosseira idéia de pedalar por sete dias seguidos. Foram mais de 500 quilômetros pedalando, na grande maioria morro acima e contando os municípios e lugarejos, passamos por mais de 25 localidades diferentes. Enfrentamos todos os tipos de terreno, do asfalto ao barro e pedregulhos, passando pelo mais lastimoso dos paralelepípedos e conseguimos sair invictos. Nenhum pneu furado nessa longa jornada que iniciou na segunda-feira, dia 15. A ansiedade de verdade estava guardada para o dia seguinte, já que o caminho para Angelina já é um velho conhecido nosso. Apesar de não ser novidade e já termos encarado os famosos morros desse trecho em outras oportunidades, em nenhum momento deixou de ser divertido.

DIA 1) DE FLORIANÓPOLIS À ANGELINA - PASSANDO POR SÃO PEDRO DE ALCÂNTARA...

A já tradicional foto do portal de entrada de São Pedro de Alcântara.

A primeira de muitas cidadezinhas visitadas no decorrer desses sete dias.

O desagradável morro inicial que aliado ao debochado sol fez desse primeiro dia muito mais que um simples aquecimento. A verdade é que mal acabou o morro e já estávamos cansados. E isso era só a metade do primeiro de sete cansativos dias. Semana longa pela frente, já antevíamos.

O sol deu uma trégua e isso aliviou bastante. Os alforjes estavam cheios demais e demorou um pouco para acostumarmos. No fim, ninguém se acostumou de nada e o que aconteceu foi que acabamos nos conformando com a existência deles.

A essas alturas o sol já fazia certa falta, pois fazia bastante frio. Quem conhece a região, sabe do que estamos falando.

Chegamos bem em Angelina, por volta das 19h30, relativamente tranqüilos. Antes de irmos para o hotel, passamos no supermercado e compramos o que viria a ser a janta mais “estilo pedreiro” da pedalada: pão fatiado com queijo e patê de alguma marca diabo que nem faço questão de lembrar.