Com esse calor, nem dá vontade de escrever para esse famigerado site, quanto mais sair para pedalar... Mesmo na companhia de meu melhor amigo – o ventilador, sentar na frente do computador é algo extremamente desagradável. Queria dormir, mas sem sono fica difícil. Se eu abrir a janela na esperança de uma brisa refrescante, corro o risco de ter o quarto sitiado pelas malditas baratas que a cada verão estão maiores. Não, não... Não tenho medo delas, mas tenho nojo. E fiquem os hipócritas sabendo que numa bela antevisão do que nos espera, o próprio Incrível Hulk já foi devorado por uma variação mutante desses insetos asquerosos.

Infeliz gigante esmeralda...

Parando de enrolação e deixando pra lá as inconveniências do verão, num momento de demência coletiva, talvez surtados pelo excesso de calor, combinamos mais uma dessas pedaladas dominicais. Sim, tivemos sorte! Vulcano sorriu para nós, estava de ânimo bom e nem fez tanto calor. Inclusive fomos agraciados com uma adorável chuva...

O roteiro da vez foi a Trilha da Barra do Sambaqui do nosso guia espiritual Peixoto. Como a trilha é curta (menos de 15km) fomos pedalando até lá, o que naturalmente rendeu um certo arrependimento mais tarde...

Não conhecíamos essa estrada que liga Santo Antônio a Barra do Sambaqui. Na verdade, para ser sincero... a gente conhece muito pouco de nossa cidade e aos poucos estamos descobrindo isso.

Demora um pouco para realmente chegar à trilha. E me pergunta se a gente se perdeu...

Mais subidas que meu refinado gosto permite aceitar sem ter vontade de chorar...

E agora? Sabe-se lá qual o significado dessa porteira vodu... Depois de tantas subidas só pensamos – “Não vamos voltar e que Jaga nos proteja”. Assim sendo, seguimos nosso rumo...

Só para constar: ainda perdidos e subindo...

Até que a civilização aparece!

Comemos o tal do pastel de camarão que o TrilhasBR indicou... Se você é mortalmente alérgico a cebola como alguns aqui, não se acanhe e deixe passar. Caldo de cana muito bom! Mas fui na Coca-Cola que é mais saudável (vide episódio do referido caldo aqui em SC em 2005). Reabastecidos, respiramos fundo e encaramos o não tão divertido asfalto da SC-401, sorrindo apenas ao chegar à ciclovia da beira-mar norte...

"Obrigado por continuar protegendo o terceiro mundo, Jaga. Acabe com toda a cebola do planeta e mate todas as baratas... Amém."